quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Tarde de abril

Em uma bela tarde de sábado, com a cara e a coragem, ele se despedia das ruas de sua cidade com ansiedade estampada em seu semblante. Carros e mais carros corriam sobre uma avenida movimentada. O céu azul exibia sua forma natural naquela bela tarde. Seus braços esperavam ansiosamente por aquele abraço. O sol brilhava e seus olhos também. A vida precisava de emoção.
Eram três e meia no relógio da rodoviária. Seus pés inquietos ilustravam a aflição de uma espera. Batimentos cardiacos acelerados. A voz da consciência lhe acalmava a todo instante. Não mais havia de esperar tanto pelo reencontro. O tempo passara desde a última vez. Os longos dias de distância estavam prestes a chegar ao fim. Era chegada a tão esperada hora de matar a saudade.
Quinze para as cinco e ele pisava em solo tão desejado. Faltavam ainda alguns quilômetros para seu destino final. Pegar um táxi seria a melhor maneira de encurtar o caminho e acabar com a longa espera. E ele faz.
Pelas estradas a paisagem deslumbrante da o ar da graça. Sua admiração pela região é cada vez maior. De cara com a realidade e com o bom clima dali, ele está chegando ao seu destino.
 É logo ali! Ele está chegando. Veja a ponte, a praça, a velha banca de jornal, a floricultura, o mercado, tudo está ali e, para ele, tudo está tão bem. Tudo gira ao seu redor e é bom está de volta àquele lugar.
Ele se despede do taxista, caminha alguns metros e enfim chega. Ela está tão linda, na janela.  Ele caminha lentamente para que ela perceba sua presença. Ela o vê. Desce as escadas com seus passos apressados, abre a porta, e para em frente a ele. Com seu olhos verdes que brilham intensamente e seu sorriso aberto, ela cruza os braços e diz para ele: - Você veio!!!
Permanecem então frente a frente durante alguns segundos que antecedem o tão esperado abraço, que logo vem, tão forte e aconchegante que traz o alívio imediato. Seguido do beijo no rosto, aquele abraço seria o fim de uma saudade que destrói e início de mais um bom momento que se construiu naquela tarde de abril. 

3 comentários:

  1. Me lembro desse dia. Faltou comentar sobre a minha ligação hehehe.

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    1. Hehehehehehehe! Certamente diria que um bêbado me ligou no meio do caminho. Hahahahah!

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    2. hehehehee imagina!

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