domingo, 14 de outubro de 2012

O Flerte

Mais um dia de trabalho chegava ao fim e eu já me despedia de todos quando de repente surge caminhando naturalmente uma bela mulher. Sem fazer o menor esforço pra exibir toda a sua beleza e com um charme muito peculiar, ela passou por mim seguindo seu destino. Como ela rumava para a mesma direção que eu iria, apertei o passo e segui a beldade.
Com a tatuagem de uma flor nas costas ela desfilava pela cidade. Era belíssima, de fato, mas eu pensava: não sei nem o seu nome, nunca a vi, não sei nada sobre sua vida, não sei nada sobre o seu dia. Provavelmente não lembrarei do seu rosto no dia seguinte.
 Eis que ela pausa seu trajeto entrando em uma lanchonete e deixando ainda uma breve troca de olhares entre nós. Foi um ''até mais''. E ''talvez nunca mais'' eu a veria. Segui então meu rumo para casa.
Moral da história: A importância que damos a quem nada acrescentou em nossa vida às vezes é maior que a que damos a quem está sempre do nosso lado. Fiz a letra pensando nessa questão.
De fato, não lembrei do rosto dela no dia seguinte. Continuo sem lembrar e sei saber sobre ela. E tudo se resumiu num curto e simples ''Flerte''.

 
O Flerte

Há um segundo 
Passou por mim 
Com charme no olhar
Sem perceber que 
Chamar tanta atenção é normal
A tatuagem na pele clara
Marca uma flor
Anda depressa
E eu que nem sei 
Pra onde vai
Pra onde vai?
Pela cidade
Seguia por instantes
Seus passos
Sem mesmo saber
Qual era ao certo
A sua direção
Tive a certeza 
Que nem o seu nome sabia
E no final me despedi
Com um flerte de até mais
De até mais...
Talvez nunca mais
Talvez nunca mais

Ouça ''O Flerte'' em:
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